Chat GPT e SEO – Estudo revela que são os textos humanos que ainda prevalecem e geram mais tráfego orgânico.

chat gpt para seo: funciona?

O ano de 2023 está sendo marcado por inúmeros avanços na tecnologia. Desde o início do ano, fomos constantemente impactados por conteúdos e estudos sobre inteligência artificial e suas diversas aplicações, incluindo ferramentas de comunicação, como chatbots. Entre todas essas ferramentas, uma em especial tem conquistado o mundo, porém, deixando algumas dúvidas: como o chat GPT se comporta em relação ao SEO? 

Após mais de uma década de pesquisa e avanços tecnológicos nas áreas de aprendizado de máquina e inteligência artificial, o Chat GPT, um chatbot, foi criado pela OpenAI. O nome Chat GPT é uma sigla para “Generative Pre-Trained Transformer” – algo como “Transformador pré-treinado generativo”.

Essa ferramenta foi projetada especialmente para lidar com textos. O modelo de Inteligência artificial tem várias camadas que permitem a plataforma prestar atenção as palavras-chave, ao contexto e aos diferentes significados que as palavras podem ter. É um modelo extremamente avançado de geração de texto.

Não demorou muito para que profissionais de SEO começassem a pensar em maneiras de integrar essas novas tecnologias de inteligência artificial em suas campanhas de conteúdo no site. Com isso, passaram-se a ter alguns casos e estudos sobre os aspectos positivos, mas também negativos, de conteúdos gerados por inteligência artificial no impacto do SEO.

Vamos entender melhor sobre esses efeitos com um estudo realizado pelo Reboot Online: AI VS HUMANS – The SEO Content Experiment. 

Como o conteúdo de SEO se comporta com a Inteligência Artificial e o Chat GPT? Entenda esse experimento.

O Reboot Online realizou um experimento de SEO para entender se há diferenças significativas na classificação do Google para conteúdo produzido por inteligência artificial em comparação ao conteúdo produzido por humanos. 

A hipótese desse experimento era compreender se em um ambiente controlado sem fatores externos, que pudessem influenciar na qualidade dos sites, a inteligência artificial e o conteúdo humano teriam o mesmo desempenho.

O uso de Inteligência Artificial para gerar conteúdo não é contra as diretrizes do Google, porém, não ficava claro se isso afetaria as classificações de alguma forma. 

Para iniciar o estudo, foram feitos dois sites experimentais e o uso de palavras-chave e nomes de domínio artificiais. As palavras-chave artificiais consistem em termos de pesquisas que não apresentam resultados no índice do Google. Em seguida, foram criados nomes de domínio para sites de teste, com o intuito de eliminar o risco de fatores de classificação no nível do domínio influenciarem os resultados da experiência. 

Confira a metodologia usada:

Criação de conteúdo para cada site experimental: Inteligência Artificial X Inteligência Humana

Foi garantido que o conteúdo gerado por inteligência artificial e o conteúdo escrito por humanos, fossem igualmente otimizados para a palavra-chave de teste. 

Confira algumas regras para garantir um conteúdo teste igualmente otimizado para a palavra-chave:

  1. Os dois conteúdos deveriam conter o mesmo número de menções da palavra-chave;
  2. As menções da palavra-chave deveriam estar no mesmo lugar em cada parte do conteúdo;
  3. Eles deveriam expressar os mesmos sentimentos durante todo o texto (por exemplo, uma peça não pode expressar um sentimento positivo e a outra expressar um sentimento negativo);
  4. Os dois deveriam ter aproximadamente o mesmo tamanho de conteúdo;
  5. Sem link interno ou externo;
  6. Os domínios não poderiam conter qualquer conteúdo adicional, como páginas ou sinais de autoridade/confiança.

Utilizando o Chat GPT, material produzido foi desenvolvido por inteligência artificial, gerando cinco variações do conteúdo.

Screenshot of the ChatGPT chat that we had to get the AI to generate our content for the AI domains.

A equipe de marketing elaborou o conteúdo humano, seguindo um resumo com diretrizes para assegurar a otimização do texto. Importante notar que os escritores não tiveram acesso ao texto gerado pela Inteligência Artificial antes de redigirem o conteúdo.

Brief for our content marketing team to write the content for the human experiment websites.

Comparando o conteúdo de inteligência artificial do conteúdo humano 

Antes da realização desse experimento, foi conduzido um teste para avaliar a eficácia das ferramentas de detecção de conteúdo gerado por inteligência artificial. Contudo, a ferramenta não conseguiu identificar corretamente nenhum dos conteúdos por inteligência artificial:

A table showing the results of our AI content detection tests at the start of the experiment.

O modelo GPT4 ainda era recente, e a suspeita era de que as ferramentas de detecção de conteúdo ainda não estavam totalmente adaptadas a ele. Porém, ao retornar para realizar novos testes nos sites, a ferramenta demonstrou uma notável melhora em sua capacidade de identificação, falhando em detectar apenas um dos sites de conteúdo de inteligência artificial:

The results of our AI content detection tests after the experiment.

A ferramenta usada foi a Crossplag AI Content Detector. 

Resultado do experimento de Inteligência Artificial x Inteligência Humana 

Após finalizar o conteúdo, publicamos os sites de teste.

Decidimos realizar o experimento com 10 domínios de teste, sendo 5 com conteúdo de inteligência artificial e 5 com conteúdo humano.

Side by side comparison of two of the test websites.

Utilizamos o SEMRush para rastrear as classificações dos sites de teste e asseguramos que a palavra-chave “artificial” não foi pesquisada durante o experimento.

We used Semrush for our rank tracking.

Resultado:

Ai vs Humans - The SEO Experiment rank tracking results graph.

Os dados de rastreamento de classificação revelaram que o conteúdo escrito por humanos tem uma classificação superior em comparação com o conteúdo produzido por inteligência artificial.

Average ranking graph of our experiment websites.

Mesmo compreendendo que os domínios de conteúdo escrito por humanos supera os domínios gerados por inteligência artificial, foi preciso descobrir se os resultados eram estatisticamente significativos.

A equipe de dados da Reboot recebeu uma solicitação para revisar os dados e decidiu realizar um teste Mann Whitney U. Esse teste indica se a população tende a produzir valores mais altos do que a outra. 

O analista de dados, Jake Teague, chegou a algumas conclusões:

Dos 25 testes, em 92% das vezes rejeitou-se a hipótese nula, indicando diferença estatisticamente significativa nas classificações entre sites de inteligência artificial e humanos.

A maioria dos sites de inteligência artificial teve uma classificação mais baixa do que os sites humanos, mas em alguns casos, sites de IA superaram alguns sites humanos em classificação.

“Uma investigação mais aprofundada dos resultados mostra que, dos 25 pares, 1 site AI (Blippadoo.co.uk) superou 2 sites humanos. No entanto, para os 21 testes restantes, os sites humanos superaram os de IA. Isso mostrou que uma mediana menor (e, portanto, uma classificação mais alta) levou a um U-stat maior em todos os aspectos”.

Considerações finais: o que aprendemos

Após a realização do experimento, chegamos à conclusão de que o conteúdo gerado por inteligência artificial obteve uma classificação inferior, comparado ao conteúdo criado por humanos. 

Houve interesse dos pesquisadores em feedbacks da comunidade de SEO, sobre como o Google identificou e considerou o conteúdo por inteligência artificial nas classificações de resultados de pesquisa.

Os pesquisadores desse experimento estavam cientes dos avanços dos grandes modelos de linguagem, que possuem capacidade de prever a próxima palavra no texto.

Essa funcionalidade sugere aos algoritmos utilizarem técnicas matemáticas para distinguir se um texto foi gerado por inteligência artificial, baseando-se em padrões e características desse conteúdo.

No entanto, é essencial notar que modelos de inteligência artificial não se restringem a essa tarefa, pois também podem ser aplicados em diversas outras áreas.

Outra perspectiva relevante é que os criadores de conteúdo não precisam se preocupar com que o conteúdo gerado por inteligência artificial irá superá-los em quantidade em um futuro próximo. 

Por outro lado, mesmo que a IA ainda não esteja produzindo conteúdo em massa, ela é uma tecnologia poderosa que está se desenvolvendo rapidamente. Essa evolução trará mudanças significativas nos resultados de pesquisa e no trabalho diário dos profissionais de SEO. 

Conforme os algoritmos de IA se aprimoram, eles podem influenciar a classificação do conteúdo nos resultados de busca do Google e outros mecanismos de pesquisa.

Ou seja, profissionais de SEO precisarão adaptar suas estratégias à medida que a IA torna-se mais relevante em otimização de conteúdo para motores de busca.

SEO com conteúdo humano ainda é imbatível

Mesmo com o avanço da inteligência artificial em sua capacidade de gerar conteúdo, ainda há uma clara vantagem no trabalho criativo feito por pessoas reais. A qualidade, profundidade e originalidade são coisas que só os humanos podem oferecer, para se conectar com o público.

A Inteligência Artificial evolui rapidamente e está aprimorando para complementar e melhorar o conteúdo humano, estabelecendo uma ligação benéfica, resultando em materiais ricos e diversificados.

Uma das principais conclusões desse experimento é que o material feito por escritores humanos qualificados e dedicados a criar conteúdos de qualidade, agregando valor único que somente a criatividade humana oferece, continua em alta demanda (por leitores e por mecanismos de pesquisa).


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